Réveillon: Origem, história e como o mundo celebra a virada do ano

O Réveillon é um dos momentos mais esperados do calendário mundial. Marcado por festas, fogos de artifício, rituais de renovação e encontros com quem amamos, a virada do ano carrega simbolismos profundos que atravessam culturas, religiões e épocas históricas. Mas você sabe de onde vem essa celebração? Por que chamamos “Réveillon” no Brasil? E como esse momento tão especial é comemorado ao redor do planeta? Vamos descobrir.

De onde vem o Réveillon? As origens históricas da virada do ano

A ideia de celebrar a transição entre ciclos não é moderna. Há mais de 4 mil anos, os babilônios já festejavam o início de um novo período com o festival Akitu, ligado à agricultura e às mudanças de estação. Mais tarde, os romanos instituíram oficialmente o dia 1º de janeiro como início do ano durante o governo de Júlio César, em 46 a.C., em homenagem a Jano, o deus das portas, passagens e começos — representado com duas faces: uma olhando para o passado e outra para o futuro.

Durante a Idade Média, a Igreja tentou associar o início do ano a datas religiosas, como o Natal e a Páscoa. Mas com o tempo, o 1º de janeiro voltou a ser adotado como marco oficial na maior parte do mundo, consolidando assim o início do ano como conhecemos hoje.

Por que chamamos “Réveillon” no Brasil?

A palavra Réveillon vem do francês “réveiller”, que significa “despertar”, “acordar” ou “renascer”. Na França, o termo começou a ser usado no século XVII para definir ceias e festas noturnas elegantes realizadas na véspera de grandes datas, especialmente o Natal e o Ano-Novo.

Com a forte influência da cultura francesa no Brasil, principalmente no final do século XIX e início do XX, o termo foi adotado por aqui e acabou se popularizando. Assim, enquanto muitos países chamam simplesmente de “New Year’s Eve”, “Año Nuevo” ou “Capodanno”, nós mantivemos o charmoso e tradicional “Réveillon”, associado ao despertar para um novo ciclo.

Como o mundo celebra o Réveillon?

Embora a data seja global, cada cultura colocou seu toque especial na forma de comemorar. Veja algumas das tradições mais marcantes pelo mundo:

Brasil: fé, alegria e mar branco

No Brasil, o Réveillon é sinônimo de praia, festa, música e muitas superstições. Vestir roupa branca simboliza paz e renovação. Muitos brasileiros também:

• pulam sete ondas,

• oferecem flores a Iemanjá,

• fazem simpatias para amor, saúde e prosperidade,

• e celebram com fogos de artifício que iluminam o céu.

O Réveillon de Copacabana é um dos mais famosos do mundo, atraindo milhões de turistas todos os anos.

França: elegância e tradição

No país que originou o termo, o Réveillon é celebrado com ceias sofisticadas, champanhe, ostras e foie gras. Em Paris, a festa acontece nas avenidas iluminadas e ao redor da Torre Eiffel, com um clima romântico e festivo.

Estados Unidos: contagem regressiva icônica

Em Nova York, a celebração na Times Square é talvez a mais televisionada do mundo. A famosa “ball drop”, quando a bola gigante desce durante a contagem regressiva, se tornou símbolo global do Ano-Novo.

Japão: silêncio, reflexão e espiritualidade

No Japão, a virada do ano é mais espiritual que festiva. Os templos tocam 108 sinos, representando a purificação de desejos humanos considerados negativos. É um momento de introspecção, renovação interior e visita a templos.

Espanha: as 12 uvas da sorte

Na Espanha, uma tradição curiosa dita que, à meia-noite, as pessoas devem comer 12 uvas, uma para cada badalada do relógio — cada uva representa sorte para um mês do ano seguinte.

Itália: vermelho e abundância

Na Itália, usar roupa íntima vermelha simboliza sorte e paixão. Também é comum jogar objetos velhos pela janela como sinal de desapego e comer lentilhas, que simbolizam prosperidade.

Dinamarca: pratos quebrados e saltos para o futuro

Os dinamarqueses quebram pratos na porta de amigos e parentes como símbolo de amizade e sorte. À meia-noite, também é tradição pular de uma cadeira, simbolizando “saltar” para um novo ano.

Escócia: fogo e amizade

Na Escócia, a celebração do Hogmanay inclui procissões com tochas e a tradição do “first footing”, onde a primeira pessoa a entrar na casa após a meia-noite deve trazer presentes simbólicos.

Mais do que festa: um ritual universal de esperança

Embora mude de cultura para cultura, o Réveillon tem algo em comum em todos os lugares: ele simboliza esperança, renovação e recomeços. É o momento em que o mundo inteiro pausa, reflete sobre o que passou e se enche de expectativas para o que vem pela frente. Seja com uvas, fogos, silêncio, orações, champanhe ou música, celebrar a virada do ano é, acima de tudo, celebrar a vida.

✨ Mensagem do Viajar é Preciso para 2026

Que o Réveillon de 2026 não seja apenas uma virada de calendário, mas um convite para viver novas experiências, descobrir novos caminhos e escrever histórias inesquecíveis. Que seja um ano de viagens transformadoras, encontros verdadeiros, aprendizados profundos e muitos momentos de felicidade ao redor do mundo.
Que cada destino inspire, cada passo renove as energias e cada sonho encontre seu caminho real.

O Viajar é Preciso deseja um 2026 de paz, saúde, prosperidade e muitas aventuras.
Porque viajar é mais do que deslocar-se — é sentir, crescer, recomeçar e celebrar a vida.

                                                                                                 Feliz Ano Novo!!! ✨🌍